lhe dá a Autoridade que o instituiu. Outro de incompreensão; vejo e sinto e vivo o símbolo; não compreendo, por ignorância minha provavelmente, o que os concílios afirmaram ser a verdade — a presença real. Creio saber que a teologia usa as palavras com uma significação precisa, que não é em geral a da interpretação vulgar. Além disso, o anseio próprio do ignorante, esmagado pelo mistério e a perquirir manifestações reais que lhe esclareçam o que a mente não alcança; a crendice popular; o sedimento que sempre ficou de politeísmos e de fetichismos anteriores; tudo conspira para falsear o ambiente, e materializar o que é puro espírito e irradiação do Amor Divino. Mas tudo isso é fruto da inquietação da alma que procura a luz, e tateia ainda na treva. Ainda é consequência do treinamento mental; preciso compreender, mesmo nas coisas em que deve reinar soberano o sentimento.
E afirmo-lhe não ser mera atitude, sim esforço leal e aturado por ascender espiritualmente. Diariamente, noite e manhã, no mínimo, faço minhas orações. A única coisa que peço para mim é essa: Senhor, fazei de mim um bom cristão, segundo o Vosso coração, digno do sacrifício supremo