diariamente, ao fazer um exame íntimo de consciência, com o propósito firme de me corrigir. Posso dizer-lhe que hoje me domino bastante para já não agir como o impulsivo que de fato sou: reflito e meço meu sentimento para ver se não se afasta do meu ideal, a oratio montana. E isso não é recente: faz muitos anos que a isto me acostumei, mas com êxito variável: pouco, quando era mais moço; menos falhadamente, à medida que meditação e idade e experiência da vida me fortaleceram. Tanto que, para mim, nada me custaria menos do que me aproximar com sinceridade inteira do Tribunal da penitência.
Também me parece não ser meu caso, pelo menos, como o entendo, o respeito mal-entendido e exagerado do sacramento. Compreendo e plenamente aceito o verbo conciliar, propter homines. Doutrina do amor, só é lógico e luminoso o que favorece, aumenta, ampara e consolida o duplo movimento da alma da criatura pelo Criador (amor e adoração), do Criador para a criatura (amor e amparo paternal). Meu anseio é fruto de dúplice hesitar. Um, de banal honestidade; não praticar um ato de fé, sem plena convicção, respeito e adesão ao sentido próprio que