justificação só pela fé, tiveram os protestantes de matizes vários de recuar e aconselhar as obras que marcam a colaboração do livre arbítrio humano nos alvos colimados pela concessão gratuita da graça. Catolicizaram-se para poderem conservar sua emprise sobre as almas.

Que muito é, portanto, poder esperar-se volte ao aprisco a ovelha tresmalhada, de boa-fé e sem pastor? É questão de tempo e de missão, que bem cabe à Igreja, cuja história não é senão a história de uma paciência eterna. Creio no progresso humano, em todos os sentidos. E por isso creio também na volta à unidade da Fé, unus pastor, unum ovile.

O que eu ignorava quase completamente, e a obra do padre Franca me ensinou, entre outras, era o passado dos reformadores. Confesso que atribuía a Lutero, a Zwingli, a Calvino motivos de natureza intelectual e de revolta por qualquer título. Vejo agora que o revoltado epidérmico era simplesmente um propelido por sua sensualidade incontida. Não se tratava de almas, mas de baixas exigências corporais não sofreadas. À libertação proclamada (o los von Rom ainda sustenta) mascarava juramentos quebrados.