Terminei hoje essa leitura, e posso assim escrever-lhe. Um mês, quase, levei nessa empresa, por trechos curtos, a fim de poder meditar. Dizer-lhe que tudo compreendi, seria inexato: para tanto, é demasiado deficiente meu preparo teológico, quase nulo mesmo. Vali-me do pouquíssimo que entendo de filosofia para tentar esclarecer-me: inda assim, lacunas imensas existem em meu espírito, notadamente no que diz respeito à superposição e ao entrelaçamento de aspectos distintos e complementares do ser, e de suas características elementares. Substância, essência, espécies, dançam ante meus olhos em ronda confusa e nem sempre diviso limites ou reconheço propriedades peculiares e diferenciais. Contudo, a obra me prestou bastante, para metodizar minhas ideias, confirmar noções que já tinha e consolidar o conceito que sempre fiz do catolicismo: a mais formidável construção lógica que o engenho humano fundou na revelação.

Não estou em condições de analisar nem de discutir a parte dogmática, e nem tal presunção me passou nunca pelo espírito. Posso, talvez, apreciar menos incompetentemente a parte tradicional, e, desse ponto de vista, cada vez mais se robustece