de medida comum entre o fenômeno e quem o aprecia. O milagre é a ação da força externa interventora na norma costumeira dos fenômenos.
Admitido, como para nós, crentes, o fato divino, nada mais acessível do que o fato do milagre, sem que por isso lhe conheçamos a essência e o processo.
Por isso, em meu espírito, não me causam abalo, mistério e milagre, nem me repugnam à razão, como manifestações de um poder superior ao homem, ao qual este é semelhante, mas subordinado em todos os sentidos.
O que peço, apenas, é que o homem não recorra por demais ao sobrenatural para velar sua ignorância própria, nem confunda suas próprias interpretações com a revelação. Deo quod Dei; Caesari quod Caesaris, por assim dizer.
No caso da eucarista, como lhe disse, o símbolo, a representação fazem-me bater o coração. Não consigo compreender a presença real, escrevi-lhe eu, e atribuí, como ainda atribuo, a falta a mim mesmo. Pedi-lhe, ainda, meios de me iluminar o espírito. Para mim, ignorante e sem preparo especial, o livro do pe. Hugon é alimento forte