Depois de verificada esta parte da questão, passei ao exame dos ossos no ponto de vista zoológico, de que resultou pertencerem alguns a espécies ainda existentes; outros porém derivarem de animais que já acabaram de fazer parte da criação atualmente existente. Neste número entram as espécies seguintes: — 1º, uma espécie de onça, excedente em tamanho dobrado à maior espécie que até hoje existe neste país a onça pintada; 2º, uma espécie de capivara do tamanho da anta. Estas duas espécies, além do tamanho, diferem suficientemente das espécies vizinhas, atualmente existentes, pelo detalhe da sua conformação, para serem consideradas como espécies distintas, as que tenho estabelecido já há tempo debaixo dos nomes: Felix protopanther e Hydrochoerus sulcidens; 3º, uma espécie de lhama, gênero de animais que, como se sabe, em nossos tempos é limitado às regiões alpinas das Cordilheiras dos Andes do Peru e do Chile; e finalmente 4º, o cavalo. A aparição deste animal, tão recentemente introduzido na América, no meio de um depósito que parecia reclamar uma antiguidade muito remota, causou a mim a maior admiração, apesar de saber pelos resultados, a que já tinha chegado nas minhas investigações anteriores, que o gênero do cavalo fazia parte da fauna antiga deste país, até com duas espécies; porém, estas duas espécies, além de serem limitadas aos depósitos mais antigos, mostravam-se sensivelmente distintas de todas as espécies atualmente existentes deste gênero, enquanto que os fragmentos desenterrados na localidade, em que agora falo, indicavam uma espécie diferente das duas mencionadas, e a tal ponto semelhante ao cavalo doméstico, que não pude por estes fragmentos achar caracteres por onde o distinguisse dele, sendo, contudo, as proporções notavelmente