climáticas mais favoráveis aos seus pulmões enfraquecidos.
A princípio, pensou-se em encaminhá-lo a Isle de France, mas, afinal, para nossa felicidade, foi o Brasil escolhido para a permanência temporária do naturalista, que embarcou em Copenhague, a 28 de setembro de 1825, em um navio à vela com destino ao Rio de Janeiro.
A Sociedade de Ciências de Copenhague deliberara auxiliá-lo, pondo à sua disposição vários instrumentos apropriados a observações meteorológicas.
A viagem foi, como ele mesmo conta, difícil e tempestuosa, tendo durado perto de três meses, pois só na noite festiva de 8 de dezembro aportava ele à nossa baía, encontrando toda a cidade festivamente iluminada pelo nascimento de Pedro II, que mais tarde havia de conceder-lhe altas honras e amizade pessoal.
A chegada de Lund revestiu-se de verdadeiro anonimato, tendo ficado os primeiros dias em casa de um modesto negociante. O cônsul holandês prestou-se gentilmente a conseguir-lhe a primeira habitação, situada à beira-mar, em Niterói.
Conta Langgaard que Lund, em carta dirigida a um amigo íntimo, manifestava a sua grande alegria por estar em "uma casa a seu gosto, rodeado de montanhas, bosques, rios e mar".
Uma vez instalado inicia ele os seus novos trabalhos, dedicando-se ao estudo de insetos e plantas, que ia colecionando cuidadosamente. Após seis meses de observações, ao longo das praias e bosques, muda-se Lund para o Rio de Janeiro, atendendo ao convite de Brander Brandis, ministro da Holanda. Esse ilustre diplomata, homem de grande ilustração, proporcionou ao seu hóspede uma companhia extremamente