Em setembro de 1833 ele remete ao prof. Hormemann "uma descrição muito minuciosa dessas plantas, pedindo-lhe que apresentasse esse seu trabalho à Sociedade de Ciências de Copenhague, o que o mesmo cumpriu em parte, aparecendo apenas um extrato muito resumido; e só no ano de 1838 foi este interessante trabalho publicado por extenso no Jornal de História Natural, redigido por Kroyer, debaixo do título: "Estudos sobre as plantas que geralmente vegetam como joio junto aos caminhos e cercas do Brasil". (2) Nota do Autor.

A estreita convivência dos dois amigos levou-os a combinar uma excursão mais demorada, obedecendo a um plano de penetração pelo interior do país, atravessando as províncias do Rio, São Paulo e Goiás até o vale do São Francisco, voltando ao rio pela província de Minas Gerais.

A viagem foi calculada para durar um ano, mais ou menos, tendo como principal objetivo o estudo da fisionomia do país e sua vegetação.

Lund teria uma excelente oportunidade de conhecer o interior do país, na companhia de um viajante já habituado a essas penosas excursões, e conhecedor da nossa língua, dos usos e costumes dos habitantes, como também das plantas do Brasil. O naturalista Riedel já contava com 11 anos de residência no Império. Ao escrever a um dos seus irmãos dizia Lund: "Só depois de minha volta ao Rio poderei determinar o tempo que ainda pretendo demorar-me no Brasil; mas, em todo o caso, será minha demora aqui mais prolongada do que esperava quando parti de Copenhague".