Novas excursões de Lund no Brasil
Ao chegar novamente ao Brasil estava Lund longe de supor que grandes modificações iriam sofrer os seus planos científicos, tão maduramente pensados durante a longa travessia marítima de Hamburgo ao Rio de Janeiro.
A botânica e a zoologia continuavam a ser os assuntos preferidos do sábio. Algum tempo depois de sua chegada, ainda hóspede do conde de Reventlow, ministro da Dinamarca, veio a conhecer o célebre botânico dr. Riedel, companheiro de Langedorff na grande viagem ao interior do Brasil, empreendida por ordem do governo russo.
Motivos imprevistos interromperam temporariamente essa iniciativa. O chefe da Missão voltara à Europa, gravemente enfermo, e Riedel, que o acompanhara, encontrava-se de novo em nosso país para continuar a viagem por conta do mesmo governo russo, esperando apenas uma estação mais favorável para empreendê-la. Lund e Riedel tornaram-se amigos e fizeram juntos pequenas viagens botânicas nos subúrbios do Rio. (1) Nota do Autor.
Com a retirada do conde Reventlow alugaram os dois naturalistas uma casa, continuando o estudo da flora fluminense.
Haviam recomendado a Lund o estudo de plantas que vegetam nos lugares cultivados, em volta das casas, junto às cercas e muros e nos caminhos.