O profissional é outro tipo: — homem que passou pelas escolas superiores, tem noção do seu valor, não realiza longas viagens, para mais se valorizar. Viaja cheio de precauções. Dissimula quanto possível o objetivo colimado. Fala pouco e observa muito. Faz-se sempre acompanhar da máquina fotográfica.
É o homem caro, que viaja às pressas e maldiz as conduções. Sua palavra falada vale mais que um relatório do aventureiro; é ele quem se manda verificar o que o descobridor jura ter encontrado e, muitas vezes, não passa de mera fantasia.
O financiador é o cético, sempre receoso de prejuízos, mais preocupado com a ideia do fracasso do que com as possibilidades do lucro. É o tipo do banqueiro que não se entusiasma por chumbo ou níquel, não se impressiona com o relatório técnico, só vê o quantum a ganhar, caso se livre do perigo a que está expondo o capital.
Fornece o numerário com muita parcimônia, na esperança de reavê-lo multiplicado muitas vezes.
Quando se aliam esses três, com as qualidades que salientamos, é pequena a probabilidade do sucesso. O sonhador, o comodista e o usurário levam a empresa à ruína; mas quando o sonhador leva o minério ao técnico competente