às mais ínvias regiões, sempre alentados pela esperança de achados de valor.
Procuram as regiões mineiras e se empregam, temporariamente, para adquirir prática e terminologia que lhes vão servir de propaganda.
São os mais loquazes propogandistas das lendas de riquezas minerais; anunciam aos quatro ventos minas de toda a espécie, ocultando detalhes de localização, encarecendo, assim, seus conhecimentos.
Vagueiam de mina em mina, de cidade em cidade.
Não raro conseguem alguém que se prontifica a custear pequenas excursões; hospedam-se nas fazendas, arranjam animais por empréstimo, e deixam, quase sempre, aos pobres fazendeiros, falsa suposição da existência de ouro e diamante em suas terras.
Catam, nessas excursões, uma coleção variadíssima de quartzo, calcedônia, granitos decompostos e espécimens sem interesse para a indústria e a ciência.
Esses homens, bem orientados, são úteis. Em geral, são viajantes que exigem pouco; os que têm, realmente, alma de aventureiro contentam-se com o necessário aos meios de transporte. Nada exigem para si, — são pesquisadores baratos, que, a troco de gratificações razoáveis, aceitam empreitadas em Goiás ou na Amazônia.