Das instruções para a viagem constavam exigências interessantes. Dois homens, escolhidos entre os que maior capacidade revelassem, seriam indicados para governar a viagem. As mulheres eram obrigadas a viajar em compartimentos fechados à chave, com sentinelas armadas às portas dos ditos compartimentos, recebendo as rações das mãos de dois outros homens apontados dentre os casados e fiéis. Não podiam receber outros homens, além destes, no compartimento, a não ser o médico e o padre. Aos maridos se lhes consentia que falassem às esposas, os filhos às mães, os irmãos, às irmãs, através de um estreito postigo, sempre na presença do Capitão do navio. Saíam as mulheres de tão estranha custódia nos dias santificados, à hora da missa, ficando localizadas na proximidade do altar que se armava no convés, separadas dos homens por um pelotão armado. Mal terminava o ofício divino, recolhiam-se novamente às cabines.
O homem que dirigisse a palavra a qualquer delas, sem que as imunidades do parentesco o permitissem, sofria variadas penas, da diminuição de ração à prisão a ferros.
No Natal de 1749, chegou à ilha a segunda leva de imigrantes, composta de 1.066 pessoas, embora houvessem embarcado 1.300, em três navios, ocupando-se do transporte, agora, o assentista Francisco de Souza Fagundes, por ter sido rescindido o contrato do assentista anterior.
Com a vinda destes novos colonos achou-se a ilha em falta de víveres, tendo o Governador Manoel Escudeiro, que nesse ano sucedera a Silva Paes, mandado buscar víveres a Santos e Rio. Valeu isto uma reprimenda de Bobadela ao Governador da capitania do Rio Grande, por não ter cumprido a ordem de enviar