600 cabeças de gado para a alimentação de toda essa gente. Em 1752 e no seguinte, chegaram as duas últimas remessas, excedendo de quatro mil o número de pessoas transportadas para Santa Catarina. Muitos destes colonos se destinavam ao Rio Grande, mas, demorando os transportes, às vezes, estabeleciam-se na ilha e se negavam depois a seguir viagem. Pretendeu-se embarcá-los à força, mas a metrópole censurou os que assim queriam contrariar a vontade dos imigrantes.
Concluído o transporte desta primeira corrente colonizadora que atingiu Santa Catarina, foram os açoritas distribuídos ao longo da costa, de São Francisco à Laguna, nas povoações existentes e em outras que se foram fundando.
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Pareceu, de começo, com a vinda destes elementos colonizadores, tonificar-se a vida da colônia. Armavam-se as choupanas, lavrava-se a terra, notava-se por toda a parte uma verdadeira febre de trabalho. As sementeiras surgiram, a mata foi sendo derrubada, os engenhos de açúcar se levantavam ao lado dos de farinha e os teares apareceram pela primeira vez na ilha.
Infelizmente, pouco durou a ilusão. A colonização açorita não apresentou o esperado resultado e a múltiplos fatores se deveu a sua completa falência.
Em primeiro plano, a incapacidade dos colonos para a agricultura. Não eram eles, em verdade, lavradores, acostumados no trato diário da terra. Eram mais fugitivos às misérias das ilhas em que nasceram do que propriamente homens aptos para o trabalho agrícola, dedicados a ele e dele conhecedores.