Santa Catarina: história - evolução

pela decadência progressiva da colônia; o segundo, que se inaugura com a brilhante administração de Veiga Cabral, encerra épocas de reflorescimento e vai até a emancipação política do país.

No governo de Mello Manoel, do primeiro período, separa-se o Rio Grande, até então subordinado ao governo de Santa Catarina, para formar capitania à parte (1760).

João Antonio de Souza Falcão não chegou a assumir o governo, falecendo em viagem para Santa Catarina.

O governo de Cardoso de Menezes tornou-se célebre, se assim se pode chamá-lo, pelo despotismo que o caracterizou. Conta-se que obrigava os colonos a trabalhar na construção dos prédios públicos e das fortalezas, debaixo de chicote. A situação de miséria da capitania chegou ao auge nesse governo. Em compensação, a bajulação cresceu assustadoramente, tornando-se repugnante aos próprios visitantes. Oficiais portugueses, que serviam no destacamento militar, disputavam a honra de servir de copeiros ao Governador. Este parecia reproduzir em Santa Catarina os costumes da corte, criando dela uma ridícula miniatura. Os oficiais que não serviam à mesa assistiam ao jantar de Cardoso de Menezes, de pé, como se fora ele o Rei.

Desterro era então uma vila de pouco mais de 150 casas, quase todas de um só pavimento. A população branca não se dedicava a qualquer trabalho, todo ele entregue ao braço escravo. Havia ainda pobreza de vestuário, usando-se apenas calça e camisa e apenas o Governador, os oficiais e funcionários trajavam à francesa, embora feita a roupa de pano grosso. Alguns habitantes, mais abastados, usavam

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