A maior e pior consequência disso veio a ser a questão lindeira com o Paraná, além de que, sem um governo direto e único, o progresso da região tornou-se lento e intermitente. Se se verificarem as datas, ver-se-á que até os começos do século XVIII as populações reunidas nos pequenos núcleos do litoral de Santa Catarina subordinavam-se diretamente ao governo do Rio de Janeiro, sem qualquer sombra de ligação recíproca.
Apesar da criação da capitania de São Paulo e Minas do Ouro, independente da do Rio de Janeiro, em 1709, as póvoas do litoral continuaram sob o governo do Rio, enquanto São Paulo atendia ao sertão.(157) Nota do Autor
Em 1711, a metrópole adquiriu do Marquês de Cascaes, herdeiro de Pero Lopes, as terras que a este haviam sido doadas, incorporando-as à coroa.
A visita do Ouvidor Geral Raphael Pires Pardinho, em 1719, foi para Santa Catarina de consequências bastante promissoras. Realizando a sua correição, teve a oportunidade de tomar certas medidas úteis, e mais tarde, como membro do Conselho Ultramarino, pôde, com conhecimento da região, influir nas decisões do mesmo. Dentre outras providências, separou Pires Pardinho do governo de São Francisco, a que então já prestava submissão, a ilha de Santa Catarina, anexando-a ao termo da vila de Laguna e estabeleceu os limites desta com aquela pela ponta das Garoupas (atual município de Porto Belo). Com