de bailes, que são a sua diversão e aos domingos frequenta com regularidade os cultos divinos. Ao sul, o seu carro é puxado por bois, do mesmo modo que o carro do caboclo da terra.
O homem das cidades é alegre, hospitaleiro, de inteligência vivaz, ordeiro e simples. É amigo do conforto, asseado e o seu lar reflete estes gostos. Procura educar-se, estar em dia com os acontecimentos e é amigo das boas palestras. Gosta de política. Educa os filhos com carinho, encaminhando-os conforme as posses, para as profissões liberais, para a carreira das armas, para a burocracia e para o comércio. Aprecia grandemente o desporto. É apreciador dos cinemas, dos bailes e dos jornais e está sempre procurando o que lhe possa tornar a vida mais variada.
A mulher catarinense não foge à regra geral da mulher brasileira: é bondosa, mãe carinhosa, esposa fiel. Alegre, trabalha cantando, o que aliás é hábito comum em quase todas as populações da costa. Meiga e simples, bastante religiosa, é dedicada companheira do marido, nas alegrias e nas tristezas.
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Para além da Serra do Mar é o planalto, longo, infinito, apresentando um suave declive para o ocidente. O terreno é ondulado, formando amplas colinas. De longe em longe, os capões quebram a monotonia da paisagem, dos campos sem limites. Serras poucas, em ligação com os ramos principais da Serra do Mar: a da Farofa, a da Pedra Branca, a do Taquaral Verde, a da Anta. Os rios são longos e vagarosos. Deslizam lentos e silenciosos, rumo do poente, recebendo as águas de inúmeros tributários, que por sua vez as têm engrossadas pelas de centenares