teme o mar, nem foge ao perigo. Quando está seguro do seu direito, não transige. É hospitaleiro e possui uma elevada noção da solidariedade humana. Não hesita em ajudar o companheiro em perigo, embora tenha de compartilhar dele.
Ótimos marinheiros se fazem, nesta costa. As embarcações de pequena tonelagem, conhecidas por iates, percorrem-na toda, aventurando-se até Santos e Rio, e mais de uma vez até Pernambuco, conduzindo produtos de lavoura. As maiores frotas são originárias de Laguna, Tijucas, Porto Belo e Itajaí.
Outro tipo de habitante do litoral é o colono. Simples, econômico, trabalhador, moureja na terra, de sol a sol. Os produtos do seu trabalho traz em sua pequena carroça colonial às cidades, onde compradores certos lhe esperam em épocas certas. Habita os vales e a sua casa é limpa e confortável, quase sempre, embora o seu mobiliário seja bastante simples. À noite o chefe da família lê à família reunida em torno, versículos" da Bíblia e jornais na língua nativa. As mulheres cosem e bordam em redor. Pelas paredes, retratos de parentes no dia do casamento, uma ou outra paisagem e algumas vezes os retratos dos soberanos dos seus países de origem. Quartos bem confortáveis, camas separadas para o casal e amplas cobertas de penas. Cozinha limpa e panejando nas paredes máximas sobre o asseio. Terreiro limpo. Criação de vacas, porcos e galinhas. Ao fundo da casa e a ela ligado, o rancho amplo lhe serve de depósito de lenha, do carro e contém o tanque de lavar a roupa e o pequeno forno onde assa o pão. À frente da casa, o jardim. É pacífico, não provoca desordens, obediente e cumpridor das leis. Educa os filhos com carinho, mandando-os à escola, às vezes distante. Gosta