político, social e econômico, já que os interesses paranaenses e catarinenses são quase idênticos.
Historicamente diferenciadas, como já vimos, as populações do litoral e do planalto, a sua evolução social sofreu influências diversas, acentuando ainda mais as já existentes diferenças.
O litoral esteve sempre aberto a todas as influências, sofrendo o contato mais frequente de outros costumes e de outras usanças e adotando muitos dos trazidos pelos colonos que lhe povoaram as terras.
O sertão, isolado, pertenceu à influência gaúcha e tem, como esta, muito dos usos e costumes dos pampas argentinos.
Costumes novos e hábitos novos adquiria diariamente o homem do litoral, tornando a sua vida mais confortável, mais fácil, mais moderna e adquirindo o desembaraço dos povos que vivem em constante contato com elementos estranhos. Amigo da tradição, sem se deixar influenciar por ela, conserva-a pelo respeito ao passado e pelo pitoresco que ela lhe proporciona. O próprio caboclo da beira-praia adotou novos hábitos.
O sertanejo, sem ser retrógrado, sem ser inimigo do progresso, é um grande amigo da tradição. Os seus hábitos são sempre os mesmos, passando através de gerações e gerações sem a mínima alteração. É amigo da comodidade, custando a adquirir hábitos diferentes dos dos seus antepassados.
Nas cidades do planalto, todavia, foram os seus habitantes introduzindo novas usanças, à semelhança das populações do litoral, e já se vai a vida complicando de novidades e modernismos, embora conservem eles muitos costumes de antanho.
As pequenas populações do sertão, as fazendas principalmente, conservam o mesmo aspecto que deveriam