Santa Catarina: história - evolução

Os bandoleiros disseminavam-se, agora, por toda a zona, de Itaiópolis à linha sul da São Paulo - Rio Grande, agrupados em aldeamentos vários e sob comandos diferentes. Bandidos da zona e de outras procedências se engajavam nas hostes fanáticas. Os chefes se multiplicavam por todos os setores, apresentando, cada qual, motivos vários para justificar a tomada de armas contra o governo. Alguns, como Euzebio, Alves Rocha, Elias de Moraes eram fanáticos e conservavam as virgens que se comunicavam com os Monges. Aleixo Gonçalves, Bonifacio Papudo, diziam-se perseguidos das autoridades. Antonio Tavares, ex-Promotor Público de Canoinhas, que também fundou o seu reduto, dizia combater em prol da execução das sentenças favoráveis a Santa Catarina. Henrique Volland, vulgo Alemãozinho, Venuto Bahiano, e outros, não apresentavam qualquer motivo. Estavam, entretanto, na luta, da qual lhes provinham, certamente, lucros. Outros chefes ainda serão referidos no decorrer da narrativa. Todos os que davam ordens, todavia, faziam-no em nome do Sr. José Maria, pois o elemento combatente era, sobretudo, o fanático. Os assaltos, as pilhagens, os assassínios eram ordenados pelos diferentes chefes, mas os fanáticos os executavam em nome do Monge morto no Irani.

A zona limítrofe com o Paraná viveu então em constante sobressalto. Aleixo, em fins de agosto, penetrou em Papanduva; Volland atingiu Itaiópolis e ameaçou Rio Negro; Bonifacio Papudo passou a hostilizar Canoinhas, chegando a sua audácia ao ponto de fazê-lo quando um milhar de soldados guarnecia esta vila. Os redutos se multiplicavam com os chefes. Carneirinho, outro chefe, estava no da Piedade; Salvador Vieira, no Timbozinho; Ignacio Vieira, no Taquarinzal;

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