Santa Catarina: história - evolução

Ignacio e Gregorio Lima, no Timbó e no Tamanduá. E em Curitibanos, numa garganta quase inexpugnável, formava-se o de Santa Maria, onde os fanáticos voltavam às suas práticas religiosas, reorganizavam os Doze Pares de França, arranjavam a Virgem Maria Rosa e onde chefes como Francisco Alonso e Adeodato mantinham uma férrea disciplina, a ponto de mandarem passar pelas armas quem se desavinha com eles (geralmente por causa de partilhas de saques) como aconteceu com o célebre bandoleiro Venuto.

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Em correrias pelo sertão, de Lages a Canoinhas, de Papanduva ao Rio Caçador, grupos de 200 e 300 bandoleiros assaltavam as fazendas e os vilarejos, matando, incendiando e saqueando. Perseguidos, tomavam invariavelmente o caminho do reduto de Santa Maria, onde apresentariam depois a derradeira e desesperada resistência. Desta maneira, extenso era o terreno da luta, quando assumiu o comando da região o General Setembrino de Carvalho. Tendo procurado compreender as causas da guerra e penetrado fundo na questão, o General Setembrino manteve além de tudo uma orientação elevada, procurando chamar à razão os elementos transviados. A sua primeira ideia foi impor a paz pelo esgotamento dos recursos dos jagunços, estabelecendo um cerco completo da área da guerra e exercendo intensa vigilância, a fim de evitar a passagem de recursos bélicos para os bandoleiros. Por toda a região conflagrada fez distribuir, fartamente, apelos para que depusessem os fanáticos as armas. Infelizmente, tão nobres propósitos não abalaram o ânimo sertanejo e mister foi dar início à

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