de pagar muito caro a sua ousadia, pois também não podia retomar caminho de volta, o Capitão Potyguara escreve um bilhete ao Coronel Estillac:
"Estou aqui neste inferno, depois de dez dias de marchas horrorosas, sendo oito de combate dia e noite, peço-te que avances com a máxima urgência a fim de me auxiliar no resto da nossa espinhosa missão. Tenho grande número de feridos e já tenho enterrado oficiais e praças. Espero-te com urgência a fim de não perder mais gente, pois estou com a tropa em preparativo de ataque. Calculo hoje em uns 80 ou cem jagunços pois temos mortos uns 358 e feridos em grande número, ficando todos os redutos reduzidos a cinzas. Espero-te hoje sem falta, embora à noite, pois ela é melhor para se viajar. Recado do amigo Potyguara".(419). Nota do Autor
Em verdade, à força do Capitão Potyguara, que com tanta bravura se portara, estava exausta. Os víveres rareavam e a munição que possuía era apenas de três a cinco cartuchos por homem.(420). Nota do Autor
Em poucos instantes, prepara-se a coluna sul para o ataque e penetra na mata, disposta a todo o sacrifício para bater o inimigo que se postava, com 200 homens, na chamada guarda do Quadro, espécie de destacamento avançado na entrada sul de Santa Maria, defendendo o desfiladeiro. Mas, com surpresa, esta guarda não estava mais no local, pois se movimentara para hostilizar, com os demais jagunços, à força da coluna norte que se achava no reduto. Apenas, de dentro do mato, cerrado tiroteio partia contra a força do Cel. Estillac. Às 15 e meia horas, entravam as forças do sul no reduto, fazendo a junção com a gente de Potyguara.