III
Pela noite de 1° para 2 de dezembro de 1825, Dona Leopoldina começou a sentir as primeiras dores do parto. Durante cerca de cinco horas lutou a pobre Imperatriz para dar à luz o filho que tanto almejava. Já doente e precocemente envelhecida, toda sua esperança de mãe estava depositada nesse ente que lhe ia nascer.
Ela lembrava-se ainda, com funda tristeza, do seu pequenino João Carlos Borromeu, príncipe da Beira, nascido havia quatro anos, e tão cedo roubado, pela morte, aos seus carinhos de mãe. Com o prematuro falecimento dessa criança confirmara-se, mais uma vez, aquela velha lenda dos Franciscanos, segundo a qual os primogênitos dos Braganças não cingiriam jamais a Coroa(1) Nota do Autor
Afinal, às duas e meia da madrugada de 2 de dezembro, verificou-se o nascimento tão esperado. "Sua Majestade deu à luz a um Príncipe com a maior felicidade possível - diz o boletim oficial do médico do