Da Aclamação à Maioridade 1822-1840

não tinha no sangue, na alma íntima, esse quid do gênio nacional, esse patriotismo, nervo íntimo das nações".

Não podia fugir, aqui, à influência dos nascidos em Portugal, nem se desinteressar jamais do que lá ocorresse.

E os ataques, por vezes injustos, que recebia, na desconfiança, na suspeita constante, fundamentada nos seus atos irrefletidos, em que, como observa aquele historiador, viviam os espíritos diante do príncipe estrangeiro e sobre isso português, aumentariam a cada passo a sua inclinação portuguesa.

Nascidos em Portugal, eram muitos de seus ministros, e quase todas as pessoas que o cercavam no Paço de São Cristóvão.

À frente de seu gabinete secreto achava-se Francisco Gomes da Silva (o Chalaça), também filho de Portugal, só em 1830 afastado, por exigência do marquês de Barbacena, que organizara, então, o ministério brasileiro. E como refere Armitage, na sua Historia do Brasil, a princípio d. Pedro I recebeu com indignação a exigência, não se privando do seu favorito, senão para o fazer seguir pouco depois caminho da Inglaterra, com caráter oficial e boa remuneração. Os sentimentos de Gomes Silva em relação ao Brasil e seu valimento no Paço de São Cristóvão ficaram bem assinalados quando, sobre aquele ministério, ao que conta o mesmo historiador, dizia que "os cinco crioulos de que era formado não permaneceriam cinco meses na administração".

Da Aclamação à Maioridade 1822-1840  - Página 24 - Thumb Visualização
Formato
Texto