CAPÍTULO XXXIV
TÉCNICA ADMINISTRATIVA
Se um instituto científico, por força de seus objetivos, abrange numerosas dependências externas, além de sua sede, distribuídas por país extenso; se implica a atividade de numerosos funcionários de toda a categoria; se adquire e fornece material de expediente e técnico de toda a espécie, inclusive instrumentos constantemente devolvidos para conserto ou substituição; se a sua vida, enfim, não se limita ao labor tranquilo de investigação, mas, inclui, de igual, a azáfama de aplicação em favor do público, de provimento, de fiscalização atenta de obreiros, e de controle da produção vastíssima de observações e medidas por estes efetuados, dia a dia, sem a menor interrupção — está claro, que a ciência terá de coexistir com a administração, a técnica científica ao lado da técnica administrativa.
Em 1927, fazendo a apologia da técnica administrativa, desenvolvida no Instituto Meteorológico desde alguns pares de anos atrás, escrevemos os seguintes conceitos, que vem a pelo reproduzir neste capítulo — "Queremos nos referir, de fato, às lides propriamente administrativas do Instituto, à sua feição burocrática, tão malsinada, esta, pelo povo, como a origem dos defeitos das organizações oficiais de trabalho. Pois, com a nossa repartição, é justamente a burocracia, a sua grande força, a garantia de assiduidade, de pontualidade e da qualidade de seus serviços. Não é a burocracia cristalizada