contínuo e certo (se prognóstico, o mais certo possível). Coloque-se um maquinismo com tais exigências num meio oficial como o nosso; explore-o com o funcionalismo que tudo executa em passo de procissão, inclusive as paradas; e vejamos se o maquinista terá ou não de lançar mão de medidas extraordinárias, para garantir os movimentos desembaraçados e úteis das engrenagens, a serviço da ciência e do público.

A técnica administrativa deve ser leve, simples, dúctil, expedita — na execução e, segura, férrea e imediata — no controle e na fiscalização. Só um louco, ou um apático, ou um relapso, com a responsabilidade de direção de um serviço complexo como o meteorológico, se apoiará, em nosso meio, no regímen da confiança. Seria o mesmo que acabar com a polícia numa grande cidade. Ao contrário, o controle deverá ser tão perfeito que, para todo o lapso, deslize, erro ou falta grave, se lhes reconhecerão imediatamente os responsáveis. O horror à responsabilidade é tema rançoso, como rançoso é o vício, mas continua existindo, e sem dúvida nenhuma, o maior tropeço para o administrador. A melhor técnica deverá, portanto, incluir métodos inteligentes, concisos e rápidos, de prender o executor ao seu trabalho, de desarmar a prevaricação, de desmascarar a resistência passiva. Dizemos "prender o executor ao seu trabalho" no sentido de se descobrir, a qualquer tempo, o autor da menor tarefa. Dir-se-á que processos conducentes a esse controle se tornam pesados, perturbadores das atividades essenciais da empresa. Depende de sua natureza e da maneira pela qual são aplicados. Com método, uma operação de controle leva segundos apenas a ser executada, e no fim, poupará dias inteiros de buscas infrutíferas. Evidentemente, em nosso meio, os processos serão mais minuciosos que os empregados nas organizações estrangeiras. Mas, será preciso convir que, também, entre nós, a imaginação dos relapsos e dos prevaricadores, é infinitamente maior que a de elementos análogos de qualquer outra parte do mundo. A nossa complacência