ou mil vezes menos do que nos Estados Unidos. Lá, nos Estados Unidos, a imprensa tem uma circulação formidável, enquanto que no Brasil a imprensa tem um círculo muito limitado de ação. Lá a pequena porcentagem de analfabetos permite a homogeneização intelectual. A ninguém que tenha um ligeiro conhecimento do que seja o isolamento em geografia humana, pode deixar de ver o que o isolamento do brasileiro, em núcleos que se não comunicam, representa quanto ao conjunto.
Como querer que um povo que disponha dos meios de comunicação, como o norte-americano, tenha a mesma homogeneidade mental que um outro que vive em isolamento, como o brasileiro? Seria desejar um prodígio! Seria querer um milagre!
O Norte brasileiro está lá, sobre o longínquo equador, sem a menor ligação rodoviária ou ferroviária com o centro. Este se liga ao extremo sul, apenas pelo cordão umbilical e precário que é a São Paulo-Rio Grande. Apenas a navegação de cabotagem, pelo litoral, faz as péssimas ligações entre as partes brasileiras, que vivem segregadas umas das outras, cada uma com a sua mentalidade própria, com a sua sentimentalidade regional, etc.
Como querer uniformizar todas essas partes, se cada uma delas modelou a sua particular mentalidade no isolamento a que tem sido condenada?
Mas essa verdade ainda não penetrou na inteligência dos que vivem de olhos tapados a buscar exemplos fora, para querer os aplicar ao Brasil.
Quando falam em nacionalidade brasileira, representam-na como se fosse uma entidade tão una, tão sólida, tão compacta como o francesa, a inglesa ou a