INTRODUÇÃO

A curiosidade, a atração do desconhecido, o espírito de aventura sempre foram inatos no homem. Quando os primitivos habitantes do globo se detiveram pela primeira vez diante de um rio, de um grande lago ou do oceano imenso e avistaram os trechos de terra que para além se estendiam, sentiram, naturalmente, o desejo de conhecê-los. Para conhecê-los, todavia, era mister transpor aqueles acidentes: daí o nascimento do primeiro barco e o início da arte de navegar.

De construção tosca, como não podia deixar de ser, esse primeiro barco pode ter por modelo a ubá dos nossos indígenas: um tronco de árvore cavado, sem quilha. Das barbatanas dos peixes veio a ideia dos remos. E eis o homem senhor de um meio de locomoção sobre o elemento líquido.

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A Marinha dos primitivos tempos era puramente comercial; só depois se tornou exploradora e colonizadora. Seu berço foi, pode-se dizer, o Mediterrâneo, porquanto, aí habitaram os