Alexandre Rodrigues Ferreira. Vida e obra do grande naturalista brasileiro

que se deparou ambiente propício em Montpellier, cuja faculdade de medicina o diplomou.

Baianos, fluminenses, pernambucanos, paulistas, mineiros, tendiam todos a evidenciar, de maneira convincente, que a terra distante, ainda sujeita à placenta colonial, continha em si elementos capazes de imprimir-lhe à evolução rumo certeiro, mais adequado às suas peculiaridades, que iriam estudar a preceito.

Nem ao menos faltaria ao rosário de nomes predestinados a luminosa trajetória, um representante das extremas ocidentais - José Manoel de Siqueira - o primeiro cuiabano voluntariamente exilado do seu rincão natal, em busca de fontes de ensino.

Tornaria embebido de conhecimentos botânicos, comprovados em memórias, que lhe abriram as portas da Academia Real das Ciências de Lisboa, centro de gravitação das mais altas competências contemporâneas, que se agrupariam, para intenso trabalho científico, à sombra generosa do Duque de Lafões.

A fidalguia de raça aprazia-se em irmanar-se à nobreza do talento, para estimular o progresso das ciências lusitanas.

Alexandre Rodrigues Ferreira não herdara no berço, burguês, nenhum pergaminho nobiliárquico, mas sobejava-lhe com que documentar a grandeza da sua mente privilegiada, que lhe garantia o principado intelectual onde aparecesse.

Tais provas exibira, que, a 10 de janeiro de 1779, se laureava com as insígnias de Doutor em Filosofia, após defender as Conclusões Magnas, para esse fim elaboradas.

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