Rumos e Perspectivas

Aracaju escalam-se, à beira-d\'água salsa, os centros principais da cultura brasileira, que tem por detrás deles as províncias do flagelo, o recinto de fogo do sertão e da seca.

Para o estabelecimento no interior, vencendo as barranceiras dos altos vales, quatro séculos fizeram o que lhes foi possível, no movimento natural das migrações lentas, que ultrapassaram o limite da chapada Diamantina e se encontraram com os elementos mais tardios na expansão e acorridos daquelas bordas marítimas.

Grajaú, Paranaguá, Picos, Crato, Pombal, Petrolina e Sant\'Ana de Ipanema, estadeados no pleno carrasco da catinga e do agreste, fundaram-se no capricho da necessidade das trocas, imanente à sociedade que se constituiu por si, vestindo o algodão que plantava, apurando o açúcar das rapaduras que devorava e pitando o tabaco que preparava. A feira, com a \"carne de sol\" e o queijo \"de manteiga\", a traíra seca e a \"arribação\", é o resultado do arraial, o estímulo da vila ou da cidade futura. Dois ou três caminhos conhecidos trazem na sua intercessão um rancho, atrai este a outros, há demoras no trânsito de mascates, almocreves ou comboieiros; aparecem a venda e