lhes desfeie o futuro e as honre nos seus primórdios.
Objeto de estudo, motivo de lamento ou escola de provações, a sociedade é a definição animada do país. O território é apenas o quadro e o bastidor. A moldura é física, nela aplica-se a porção de humanidade que, dentro das quatro paredes nacionais, aspira sempre o melhor, aferrada mesmo ao pior. Acontece que a terra é o cenário, o vaso de apuração, o molde do fundidor, o teatro das influências materiais de clima e de recursos, que na distribuição de ofensas e acolhimentos lhe balanceia a maior ou menor capacidade ao povoamento e ao progresso. Não percamos de vista o palco, estudando as personagens.
A sociedade portuguesa no Brasil, anteriormente a 1822, diferia bem da contida nas fronteiras da Metrópole. Andava de permeio a elas todo um oceano, e as diferentes reações, em meios diversos, torná-las-iam realmente desiguais, quanto a azinhaga do Minho diverge do capão de Minas, o mazombo de São Vicente do campino do Alentejo.
A 7 de Setembro, o berro apaixonado do príncipe não fundou a sociedade, mas definiu-a de pronto, rasgando-lhe com a autonomia política as grandes linhas pressupostas de seu futuro.