Reservas de brasilidade

CAPÍTULO II

Rumo a Manaus

— São 7 horas...

Levantamo-nos tontos de sono, e insensivelmente lançamos um olhar reparador para o ambiente do nosso quarto de hotel. Tudo em desarranjo, como é natural em casa de quem não para, como cigano. Temos que embarcar às 9 da manhã, no vaticano "Belo Horizonte", que nos há de levar a Manaus. O tempo é pouco: há muito a fazer. Santo Deus, porque se dorme tanto?!...

A nossa permanência em Belém foi como um relâmpago, tais as gratas recordações que ficaram.

Às 9 em ponto, com pontualidade inglesa, como impatrioticamente dizemos, um dos vapores que faz habitualmente o cruzeiro dos rios da Amazônia, desatracava da Port of Pará. O "Belo Horizonte" era um vapor construído na Holanda, em teca e aço. Envergadura imponente, fundo chato, três conveses. Barco feito, como outros da mesma Companhia, para a viagem em clima quente. Apresentava todas as comodidades possíveis. Cabines teladas, defendidas dos mosquitos; salões amplos, refeitório aberto de bordo a bordo, aparelhos sanitários perfeitos. Acrescente-se

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