II
A REPÚBLICA TRIUNFANTE
O governo provisório, chefiado pelo marechal Deodoro, no dia seguinte à partida do vapor "Alagoas" com o Imperador banido, meteu-se a reformar tudo.
O ano de 1890 é de demolições frenéticas no campo político, de delírio e sonho na Bolsa e no mercado, de luxo e prazer nas esferas sociais da "Capital Federal". O ruído dessa agitação abafou os protestos esparsos, inutilizou as vozes oposicionistas. Não havia tempo para lastimar a monarquia deposta: os barões do Império ressarciam febrilmente, na confusão financeira, os prejuízos da abolição. Enchem-se as cidades de fazendeiros fascinados pela facilidade do crédito. O Rio de Janeiro exerce de súbito sobre o resto do país uma atração tirânica. Paradoxo inicial: nunca foi tão completa a concentração como em 1890, quando começou a descentralização federativa. Os senhores de engenho arruinados, os cafezistas ambiciosos de novas atividades, uma inquieta geração, que saíra