La Marne, a aliança anglo-franco-italiana, a propaganda aliadófila, recebida com entusiasmo pelos meios intelectuais, como tudo o que nos vem de França, prepararam o terreno para a definição americana. A voz de Ruy Barbosa emerge das contendas políticas para estender-se à confusão internacional. Preconiza a quebra de uma neutralidade que chama de indiferença criminosa diante dos crimes contra o Direito. Antes dessa pregação, porém, em que o civilismo, na sua coerência idealista, faz soar na bainha a espada a meio arrancada - espíritos cautelosos advertem o país de sua debilidade técnica em face do armamentismo europeu.
Realmente, o que 1914 representou para os povos fora do quente e desconfiado ambiente europeu foi, antes de tudo, a dissipação das promessas diplomáticas que os entorpeciam em esperanças de paz definitiva. A obra de Haia fora utópica. A diplomacia gastara palavras inúteis numa preparação inconsciente (ou sistemática) das grandes surpresas militares. Ninguém apoiasse mais a sua segurança a um acordo internacional... O cataclismo - definiu Theodoro Roosevelt logo em seguida - tinha esse sentido de decepção e advertência.(269) Nota do Autor
Achava-se Miguel Calmon na Suíça quando foi declarada a guerra. Assistiu, em Paris, às medidas heroicas tomadas pelo governo para obstar à captura da capital. Regressou impressionado pelos processos de mobilização militar, econômica e espiritual de França, a braços com a invasão e, numa conferência pública, na Bahia, traumatizou