História social do Brasil: a época republicana - Tomo III

O consumo interno, porém, compensando a crise do intercâmbio internacional, absorveu a produção do país, já suficiente para suprir o déficit da importação e reforçar a balança comercial.

Melhor se observará o fenômeno, apreciando-lhe a curva na estatística bancária (apesar da influência superficial dos estabelecimentos de crédito na evolução da nossa riqueza).

O valor das letras descontadas subiu, de 262.139 contos em 1914, a 565.830 em 1918; o dos empréstimos cresceu, de 391.829 naquele ano, para 801.635 neste; sobretudo é expressivo o aumento dos depósitos, de 649.973 em 1914, para 1.550.219 em 1918.

O câmbio (sem embargo do descalabro financeiro anterior a 1915) permaneceu, em 1918, na taxa de 14, que a guerra encontrara.

Finanças

As finanças da União são más em virtude dos déficits de exercício e dos créditos extraordinários a desequilibrarem, todo ano, orçamentos sem unidade. Cobrem as despesas maiores que a receita dous recursos abusivamente explorados: a emissão de apólices como apelo aos capitais do país e a fabricação de papel-moeda. As apólices desde 1868 tinham revelado as possibilidades do mercado nacional de dinheiro. Poderia o país dispensar os empréstimos estrangeiros se lograsse interessar os capitalistas

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