História social do Brasil: a época republicana - Tomo III

nacionais nas obras de vulto, sem onerar simplesmente o Tesouro para satisfazer os gastos comuns do governo. O quatriênio Hermes emitiu 210.816 contos, o de Wenceslau, 253.465, e o subsequente, 519.293. Mais se emitiu papel-moeda. Hermes: 221.008; Wencesláu 856.680; Delfim-Epitácio, 667.951. "Em resumo: em 16 anos (até 1926) emitiram-se 3.341 milhões de contos, dos quais se destinaram a cobrir déficits 1.090 milhão, ao passo que mais do duplo - 2.251 milhões de contos - foram empregados em auxílios ao comércio e à produção"(275). Nota do Autor Não havia pessimismo definitivo. O desenvolvimento das forças econômicas tornava logo insignificantes os erros cometidos, inconsequentes o atropelo e a imprevidência das administrações. O meio circulante continuou escasso. As apólices tiveram sempre boa colocação. Acumularam-se sobretudo nas cidades de iniciativas industriais moderadas ou nulas, como uma forma cômoda, habitual e proveitosa de capitalismo brasileiro. As rendas nacionais avultam sem cessar.

Um decênio todo (1900-10) a receita federal (em papel) não passou da casa de 200 mil contos. 292.242 contos em 1914 (e 74 mil em ouro) alteou-se a 437.196 em 1918 (88.510 em ouro), ponto de partida para uma duplicação quinquenal(276). Nota do Autor

Proporcional prosperidade bafejou os estados, a cuja dianteira S. Paulo se colocara desde 1888.

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