História do Brasil T1 - As origens (1500 - 1600)

Bartolomeu Dias arrasou a geografia ptolomaica lobrigando o finisterra africano; Vasco da Gama desviaria para Lisboa a corrente comercial que enriquecera, nos séculos anteriores, a Itália.

E Colombo?

Nessa altura de acontecimentos, não interessava ao rei de Portugal a procura da Índia pelo poente. Não trocaria a certeza, que acabava de ter com o aviso de Pero de Covilhã e o descobrimento de Bartolomeu Dias pela dúvida, levantada por um visionário, a quem os seus matemáticos não compreenderam.

D. João II não desprezava o Atlântico ocidental, tanto que, em 1484, expedira Fernão Rodrigues de Arco à descoberta duma ilha, que se ignora qual fosse, e, em 86, autorizara novamente João Afonso do Estreito e Fernão Dulmo a procurar a "das sete cidades"... Mas só percebeu o erro, de não ter entendido a fala exaltada e mística do genovês, quando este, de volta das Índias que pensara ter achado, "insulis Indie supra Gangem"(1), Nota do Autor aportou a Lisboa com os troféus de sua formidável aventura.

Não era somente o "novo mundo", que lhe escapava: mas a intromissão de Espanha nas largas navegações, que d'ora por diante teria de tolerar, obrigado a dividir com ela os climas exóticos, daquele "mar oceano" que quisera todo para si.

O MERIDIANO DIPLOMÁTICO

Restava a Santa Sé, que dirimia os conflitos entre os governos católicos e, até aí, mediante "bulas" em clara linguagem, reconhecera a propriedade portuguesa

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