Evaristo da Veiga

parte, o Brasil. "Ao Brasil" fazia um soneto em 17 de outubro de 1821, em que afirmava:

"Minha Patria, oh Brasil!..."

Por vezes ainda lhe passava pela cabeça a possibilidade de uma retificação na política das Cortes: grande era a força do seu temperamento contemporizador. A propósito da remessa de tropas de Portugal para o Brasil, ressuscitava Cabral e punha-lhe na boca versos assim:

"Que é isto? Que delirio ou que loucura

Vos tem do entendimento a luz roubada?

A terra Santa Cruz contaes em nada,

Ou julgaes que com ferros se segura?

Portugueses vos sois? E Portugueses

Vossos irmãos não são?..."

Ele mesmo, porém, já não se considerava português e a 16 e a 22 de fevereiro de 1822 celebrava, num soneto, a partida da Divisão Auxiliadora

"que intentava

Armada da perfidia e da impostura

Fazer a brasileira gente escrava"

e, em outro, estigmatizava "a perfidia de Portugal", em tom de advertência ou de ameaça:

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