de população mista poderia ter levantado mapas ecológicos mostrando o paralelismo entre certos aspectos de concentração urbana e o grau de assimilação de seus elementos. As necessidades da minha vida profissional, no entanto, associadas a uma desconcertante pobreza de recursos jamais permitiram que pusesse em prática semelhante projeto. E ainda não sei quando poderei executá-lo... Os nossos estudos sociológicos têm sido, na maior parte, trabalhos de gabinete, de arquivo e biblioteca... Lança-se mão do material facilmente acessível: estatísticas computadas por repartições públicas, informações prestadas pelo telefone, questionário ou ofício; dados enfim cuja obtenção não acarrete ausências prolongadas da cidade, viagens penosas e coleção de dados nas próprias fontes. Fizemos muito poucos "trabalhos de campo" até hoje, e os institutos universitários aos quais cabe, por lei, trabalhos de pesquisa de grande envergadura, não dispõem de verbas para realizar as boas intenções do legislador. Não sei como se pode esperar assim a solução dos nossos problemas sociais e, particularmente, a tão debatida questão de assimilação dos alienígenas e seus descendentes. Fora de reportagens e relatórios oficiais, frutos de ligeiras viagens de "inspeção", nada existe até hoje que possa servir de base para traçar diretrizes definitivas de ação. Julguei, portanto, de bom alvitre pôr os meus leitores em contato com a admirável obra que os norte-americanos realizaram nesse terreno. Acrescentei uma bibliografia de obras especializadas no intuito de mostrar