PREFÁCIO
Não foi sem hesitação que resolvi publicar este trabalho. O interesse excepcional de que se reveste, no momento atual, o problema de assimilação, exigiria um exame completo da realidade. Encetadas as minhas pesquisas em 1930, somente abandonei a zona de colonização germânica em 1935. Quase cinco anos de estreita convivência com populações em que o processo de assimilação se revelava sob todos os seus aspectos e em todas as suas graduações, permitiram que observasse, demoradamente, determinadas reações sociopsíquicas as quais soem acompanhar as relações interétnicas e aculturativas. Não me foi dado, no entanto, percorrer todas as extensas zonas de colonização germânica a fim de colher material estatístico sobre a miscibilidade dos teuto-brasileiros e, particularmente, as influências educativas, religiosas, econômicas e profissionais que determinam essa miscibilidade. Sem dúvida, teria encontrado dados abundantes, por exemplo, sobre os desajustamentos sociais e a delinquência de tipos marginais. Poderia eu ter colhido dados mais precisos sobre as influências que a organização escolar e eclesiástica exerce na assimilação dos teutos. Dos centros urbanos