XXV - Do barão do Rio-Branco ao Imperador
Senhor
Estas linhas chegarão ás mãos de Vossa Magestade Imperial amanhã, 23 de julho, dia em que os Brasileiros contavam poder celebrar o Jubileo do glorioso e fecundo reinado de Vossa Magestade.
Peço licença para beijar respeitosamente a mão de Vossa Magestade e sinto immenso não poder fazel-o pessoalmente, indo a Cannes.
As ingratidões do periodo agitado que atravessamos hão de passar e, Vossa Magestade pode encarar com animo sereno o futuro e descansar no juizo da posteridade e no respeito e reconhecimento dos Brazileiros. Na nossa Historia, quando a poder-mos ter livre e imparcial, não haverá nome que possa igualar em grandeza ao do Soberano illustre que durante quasi meio seculo presidio aos destinos da Nação Brasileira, dando-lhe, com os maiores exemplos de patriotismo, de desinteresse e de respeito