acentuar o prestígio nacional através do rádio, do livro, do cinema, da imprensa"(14) Nota do Autor
Encontramos também, nesta primeira carta de Rio-Branco, um trecho que confirma plenamente as opiniões emitidas a respeito do verdadeiro autor da Vida de Dom Pedro II, aquele em que o Barão escreve: "Achei o trabalho primitivo ruim e fiz tudo de novo". Foi, pois, Rio-Branco quem de fato escreveu a biografia do Imperador e, ao pôr no livro o nome de Mossé, confirmou mais uma vez a sua falta de autopropaganda em benefício do Brasil. Ao divulgar fatos e coisas brasileiras em países estrangeiros, sempre procurou conseguir que tais publicações aparecessem sob a autoria de alguma personalidade do país onde eram editadas; isto, porque sempre teria mais aceitação por parte do leitor uma obra de autor já conhecido de que um livro escrito por brasileiro, por mais ilustre que fosse no seu país. O intuito de Rio-Branco foi sempre, acima de tudo, tornar conhecido o Brasil na Europa, pouco se importando se o seu nome aparecesse ou não.