para todos os atos nobres, e nem firmeza de caráter para os traduzir em ação. Não tive a felicidade de possuir inteligência que brilhasse, mas a pouca que possuo só clareou o caminho do dever sob a inspiração de uma rara moral e de uma vontade forte e temperada pela prudência que herdei dos meus avós.
Graças ao ensino sistemático do Positivismo, pus modestamente essas forças ao serviço do meu país, subordinando sempre o interesse privado ao interesse público, e reprimindo os instintos egoísticos. Procurei sempre por os meus atos de acordo com as minhas palavras e os meus princípios.
Dei-me bem com isso, pois não erra e nem errará grandemente quem pensar e agir dando à moral a devida supremacia na vida privada, doméstica e cívica. Não foi com meu concurso e nem silêncio que se operou no meu país movimento da perigosa megalomania, que provocou a construção de grandes vasos de guerra, sorvedouros da modesta economia nacional, testemunhos de um orgulho mórbido e finalmente ergástulos dos nossos oficiais e antecâmara da morte da nossa pobre marinhagem. Com as luzes de vários homens previdentes, prudentes e entendidos na matéria, desde Eduardo Lokoroy até o general Roca, dei em tempo ao meu Governo notícia dos perigos que correria uma falsa orientação militar que as forças pecuniárias, pessoais e técnicas do país não comportavam e não poderão comportar por muito tempo.
Foi muito pouco o que tentei fazer pelo Brasil, e muitíssimo menos o que em favor dele consegui, quando lhe devo tudo, honras, venturas, fortuna e dignidade. Fiz, porém, o que pude. Façam outros