subscrevendo para a construção de um Templo da Humanidade em Paris, segundo o apelo público que fiz, ele figurava simplesmente como simpático do positivismo, declarando, entretanto, na respectiva lista, que "estudava sempre as obras do mestre e dos mestres desde a adolescência"(26). Nota do Autor Teria sido essa ambiguidade religiosa que permitiu, - crê Teixeira Mendes - a Castilhos tornar-se "o representante mais saliente desse grupo de politistas que entretêm - entre nós, os preceitos dos revolucionários, iludidos ou malévolos, acerca do Positivismo". E a propósito escreve: "Para fazer prevalecer os ensinos políticos do nosso mestre, ocultam eles a origem desses ensinos, ou contrariam as suas mais terminantes recomendações, já calando de todo o seu nome, já citando-o de envolta com mediocridades contemporâneas, já procurando amalgamar a nova fé com as aberrações metafísicas, como se o Positivismo fosse destinado a galvanizar a democracia, após um século de putrefação desta. O resultado foi que Júlio de Castilhos teve a sorte dos estadistas modernos, grandes ou pequenos, desde o XIV século, não deixando organizado um verdadeiro partido para sustentar e continuar a sua obra. Porque os que se agrupavam em torno dele eram ligados pela preponderância da sua vontade, e não pela comunhão das suas convicções. Como Floriano Peixoto, ele tinha entusiastas que o seguiam; mas não possuía, salvo raríssimas exceções, subordinados que estivessem animados pelos mesmos ideais que ele. Sujeitando-se desde então a servir-se dos tristes expedientes rotineiros que as oligarquias burguesocratas da República herdaram dos seus antecedentes imperiais, Júlio de Castilhos planejou concentrar a sua ação sobre a