IV
A DISPERSÃO DAS VELHARIAS
Não é de hoje que se clama contra o empobrecimento de nossos arquivos, e a dispersão de objetos característicos da vida doméstica do passado, e denunciadores do grau de cultura artística dominante nas épocas coloniais e imperiais. Como a maioria desses documentos esteja sob a guarda de particulares, têm sido inúteis todas as campanhas.
Às nossas barbas mesmo dão-se cousas inacreditáveis: não há muito, distinto mineiro me contou que um ricaço comprara e mandara carregar para S. Paulo o lindo chafariz colonial existente no caminho do Cangalheiro, de Barbacena.
Longe de nós, então, constituem as velharias um comércio lucrativo. No sertão do