S. Francisco encontrei um cavalheiro que há muitos anos negocia em objetos de ouro, prata, louças e moedas.
Pelo que contou, as margens do rio estão muito exploradas, embora ainda exista muita cousa a negociar. Em Manga, fomos juntos a uma velhinha que, emperrada de reumatismo, jazia em uma rede a um canto da sala. A sala estava pobremente mobiliada e segundo o gosto tradicional: o pouco que havia de cadeiras alinhado ao longo das paredes. Essa dama discutia com grande vivacidade o preço do ouro e se negava a mostrar uma imagem do ouro maciço que seu marido lhe deixara. Guardava-a para presentear a pessoa que a ajudasse a fechar os olhos.
- "Objetos como esse são inúmeros, contestava o negociante conosco. O difícil é negociar. Os possuidores são treteiros e estão aprendendo a valorizar o metal".
É que, em geral, os compradores pesam direitinho os objetos, mas começam a descontar no toque. Cousa de 20 compram por dez quilates, e se aproveitam da sujeira e da própria