O rio da unidade nacional: o São Francisco

O vigário de Carinhanha confirmou todas as afirmações relativas à riqueza dos objetos usados pelos atuais herdeiros dos colonizadores, gente pobre, que vende o que tem sem muita cerimônia.

A quantidade de portugueses deve ter sido grande no São Francisco, até por ocasião da Independência, e esses habitantes, certamente, trouxeram para o sertão exemplares numerosos da encantadora arte peninsular.

Confirmação de sua atividade e influência encontra-se na curiosa legenda da campanha dos "mata-maroto", pendenga feroz que existiu entre portugueses ribeirinhos e barranqueiros nacionais. Os portugueses perseguidos refugiaram-se no interior. Um cavalheiro me contou que a quatro léguas de Itacarambi existe um lugar abandonado, denominado Belo Monte, onde as casas estão completamente em ruínas. Há laranjeiras, bananeiras e muitas outras plantas mansas. Ninguém mora lá, mas, há muitos anos atrás, uma porção de fazendeiros ali se abrigou da política.

Com a notícia de tais correrias, aparecem também as legendas dos tesouros escondidos,

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