O rio da unidade nacional: o São Francisco

A notícia da existência das grandes pastagens são-franciscanas foi, em princípio, mais eficiente do que a miragem do ouro oculto das minas. Muito antes que se espalhasse a nova do descoberto, já paulistas se haviam estabelecido com fazendas de criação em muitos pontos do rio, avançando em profundidade até os pastos folclóricos do Piauí. As fazendas eram, porém, dispersas e apresentavam caracteres próprios da região, cuja estrutura geológica variada não permitia concentrações.

O gado, além do mais, encontrava uma região sem limites, onde a erva não sofria alterações provenientes das mudanças de temperatura. O grande problema era o sal, que algumas terras salobras em parte resolviam, fornecendo parco material. A importância deste problema aparece muito acentuada nas rixas dos fazendeiros da chapada do Araxá, onde todos levavam os seus rebanhos para abeberarem-se nas mesmas lagoas salobras da região.

A migração periódica da montanha andina ou alpina desaparece. O gado indisciplinado,

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