também, não permite movimentação. Vive da erva parca e desigual que o húmus das enchentes favorece em uma vasta extensão sobre a qual o rio divaga familiarmente a cada cheia. O isolamento geográfico do planalto, a invasão do gado e a indisciplina social são os fatores principais da especialização pastoril do S. Francisco. O gado chega mesmo, por via do espaço imenso e deserto, a apropriar-se de terras que a agricultura por certo poderia reivindicar.
O único problema dos criadores do S. Francisco é conduzir o rebanho para os mercados. Por ventura, os mercados da região são fáceis. Da vasta bacia desciam reses para todas as cidades de Minas.
Dizia Mawe (1807-1810): "Cria-se na sua margem e na parte leste muito gado que se vende em todas as cidades da capitania e do qual se enviam numerosos rebanhos ao Rio de Janeiro, a mais de 600 milhas de distância. É fonte de um grande comércio, origem da fortuna de algumas famílias que se dedicam à criação. Queixam em toda parte da falta de sal."