Cochranes do Brasil; a vida e a obra de Thomas Cochrane e Ignacio Cochrane

Romana" e com separação de bens. No dia 16 de maio do mesmo ano, data natalícia do noivo, casaram-se na cidade de Niterói, na Igreja de São João Batista do Icaraí.

Tinha Dona Helena Augusta, nessa época, 27 anos incompletos. O Dr. Thomas Cochrane completava naquele mesmo dia, 40. Treze anos os separavam, no tempo. Embora em circunstâncias menos discrepantes, os conselhos de Dona Maria Carolina Velasco Nogueira da Gama eram, ainda uma vez, seguidos: além de um esposo, encontrara um novo protetor.

Foi, assim, que veio a surgir no Brasil uma nova família - a Família Cochrane, cujas raízes podem ser encontradas no Velho e no Novo Mundo, em terras da Escócia medieval e do Portugal atlântico e, na América, em terras mineiras e paulistas.

Os MacFarlane-Cochrane

Ignacio Wallace e Maria Carolina, os dois únicos filhos de Dona Helena Augusta e do Dr. MacFarlane, teriam sido os representantes dos MacFarlane no Brasil não houvesse ela contraído novas núpcias com o Dr. Thomas Cochrane e, principalmente, se aqueles filhos do primeiro matrimônio, num gesto de gratidão, não houvessem adotado o sobrenome do padrasto.

Nos mesmos versos, escritos em 1873, o primogênito assim se refere ao Dr. Thomas Cochrane:

"Se a vida, o ser lhe não devo,

Devo-lhe aquilo que sou

(Se algo sou neste mundo... )

Foi ele quem me adotou

Com paterno amor profundo,

Quem seu filho me chamou,

Sem distinção de seus filhos

Como tal sempre me amou.

Sob as asas protetoras

Desse pai novo que achei,

E de urna Mãe carinhosa

Feliz cresci, me formei..."

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