Cochranes do Brasil; a vida e a obra de Thomas Cochrane e Ignacio Cochrane

dentro do ritual anglicano, o Rev.° T. Thornton Champness, B. A., Capelão inglês.

Dessa maneira, com apenas nove anos de casada, Dona Helena Augusta tornou-se viúva, perdendo aquele que teria sido, além de esposo, seu protetor. Tinha, então, 26 anos de idade e a responsabilidade de criar e educar seus dois filhos menores, com oito e seis anos, respectivamente.

Em versos singelos, escritos em 1873, o primogênito relata-nos esse primeiro golpe, em sua longa vida:

"Era, então, bem pequenino

Quando meu Pai eu perdi;

Ainda em tão tenra idade,

Bem me lembro o que sofri!"

Mas,

"As provanças da orfandade

Por pouco tempo senti

Pois os prantos por sorrisos

Em breve trocar eu vi."

Novas núpcias

É que sua jovem mãe, na precocidade de sua viuvez, sentiu necessidade de possuir um novo lar e, dentro dele, quem pudesse proteger e amparar, a si e a seus dois filhinhos:

"Em novos laços prendeu-se

Minha mãe - terna, querida;

Desse enlace tive um pai,

Que me deu santa guarida."

Desta vez, cabia-lhe escolher o novo esposo. E a escolha, ao que tudo indica, não apresentou dificuldades: de longa data conhecia o Dr. Thomas Cochrane, que - como já ficou dito - era compatriota, amigo e colega de seu falecido marido, a quem assistira, como clínico, em sua derradeira enfermidade. No dia 21 de abril de 1845, assinaram ambos o correspondente Contrato Nupcial, em que ficou previsto que o casamento se processaria "segundo o rito da Igreja Católica, Apostólica e

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